Por vezes estamos tão embalados a caminhar que não paramos para pensar. Temos tantos planos a curto e a médio prazo, que conseguimos quase dizer o que vamos fazer nas horas todas do dia nos próximos 3 meses. E quando pensamos que temos tudo controlado... a vida trata de nos mostrar que isso não existe. Que o controlo não é mais que uma ideia vaga, e que tudo o que planeamos têm apenas uma determinada probabilidade de acontecer e nunca uma certeza.
Há algumas semanas, enquanto planeava um conjunto de desafios para o fim de maio e para o mês de Junho, tive um momento desses. Uma simples análise ao sangue acusou falta de ferro. Uma coisa tão simples e que pensei precisar de um qualquer suplemento... Mas não. A desconfiança médica de uma qualquer hemorragia interna levou-me a fazer um 100 número de exames, para os quais ainda tenho de estar mais umas semanas à espera de resultados. A somar a isso, e por causa disso, um principio de anemia. Por teimosia minha resolvi fazer os 121km do Alvalade - Porto Covo - Alvalade com este diagnostico. Resultado: A maior prova de esforço e sofrimento que já fiz. Com menos oxigénio no sangue e nos músculos, rebentei ao km 60. Mas fiz os outros 61km por teimosia... completamente exausto, sem força, cheio de dores e na eminência de desmaiar.
Desde aí tenho estado quase parado. Duas ou três voltas de 20 e poucos kms foi o que fiz nas ultimas semanas.
Mesmo sem saber o problema que causou esta baixa de ferro, sei que, pelo menos mais um mês vou ter de estar assim. À espera.
Como disse no ultimo post, nem todos os passos são para frente. O caminho continuará dentro de alguns (espero que não muitos) momentos.
Sem comentários:
Enviar um comentário